Cidades sutis

dispersão urbana e da rede de saúde mental

Luís Artur Costa e Tania Mara Galli Fonseca

Cidades sutis

dispersão urbana e da rede de saúde mental

Luís Artur Costa e Tania Mara Galli Fonseca

Publicado em: 28 de maio de 2023

Modificado em: 28/05/2023

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Publicado em: 28 de maio de 2023

Modificado em: 28/05/2023

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Resumo

Este artigo pretende problematizar o percurso genealógico que possibilita o atual arranjo entre a cidade de Porto Alegre e sua assistência em saúde mental. Inicia com a cidade e seu Hospital Psiquiátrico São Pedro, constituídos a partir de uma lógica disciplinar que buscava subjetivar corpos e gestos adequados para o trabalho industrial e aos padrões de convivência da civilidade urbana moderna. Vemos então o surgimento de movimentos anômalos a esta geometria, espasmos descentralizantes que vão esboroando as antigas centralidades e seus lócus antes fechados. Através da breve genealogia dos movimentos que tomaram tais espaços, operamos a problematização das transformações nesta cidade e nas atuais práticas de assistência à saúde mental: por um lado, as novas microssegmentações privadas no espaço urbano contemporâneo minando a centralidade urbana da cidade com a dispersão da convivência e, por outro, a atual reforma psiquiátrica, com a descentralização da assistência.

Palavras-chave

Reforma Psiquiátrica; Urbanismo; Genealogia; Contemporaneidade

Abstract

This work departs from Porto Alegre city situation and its Psychiatric Hospital São Pedro during half century XX, constituted from a centralized disciplinary geometry that intended to subjective adequated bodies and gestures for industrial work and for the conviovility patterns of the urban civility. Departing from this forces configuration, we pass to one genealogy of the first dispersal spasm that took these spaces, making possible their transformation by the actual pratices: in the contemporary urban space with its dispersal privated segmentations, and, by other hand, in the actual psychiatric reform, with the assistance descentralization. Passing by the moment of the Hospital and downtown overcrowding, in order to came to the first practices of emptiness from the urban center and the asylum space centrality, we accompanied the beginnings of the 1980 years, creating the condiction for the reform possibility at Rio Grande do Sul in the 1990 decade.

Keywords

Psychiatric Reform; Urbanism; Genealogy; Contemporaneity

Psicologia & Sociedade On-line version ISSN 1807-0310 2013

Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/psoc/v25nspe2/v25nspe2a04.pdf