Acompanhamento terapêutico
dispositivo clínico-político
Resumo
Considerando que o acompanhamento terapêutico, no contexto da reforma psiquiátrica em curso, torna-se uma função emblemática da mistura e contágio das disciplinas psi com o espaço e tempo da cidade, o artigo toma inicialmente como base a noção de dispositivo, tal como a define Michel Foucault, para abordar os elementos que constituem condição para que o acompanhamento terapêutico possa operar como dispositivo clínico-político em apoio à consolidação e colocação em análise do processo da reforma psiquiátrica. Em um segundo momento propõe como problematização para a clínica do acompanhamento terapêutico, fundada em Lacan, Winnicott ou Deleuze-Guatarri, sua operação no espaço múltiplo e aberto da cidade, onde a conflitualidade e o imprevisto inevitavelmente têm lugar.
Palavras-chave
Acompanhamento terapêutico; Dispositivo clínico-político; Reforma psiquiátrica; Clínica; Cidade
Psychê, 10 (18), 2006
Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/pdf/psyche/v10n18/v10n18a12.pdf