A prática do Acompanhamento terapêutico como estratégia de expansão territorial

uma incursão cartográfica

Mariana Ribeiro Marques

A prática do Acompanhamento terapêutico como estratégia de expansão territorial

uma incursão cartográfica

Mariana Ribeiro Marques

Publicado em: 27 de maio de 2023

Modificado em: 28/05/2023

Tags: 

Publicado em: 27 de maio de 2023

Modificado em: 28/05/2023

Tags: 

Resumo

Este artigo se propõe a discutir a prática de Acompanhamento Terapêutico em sua dimensão territorial a partir de um trabalho realizado através de um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS). Será analisado o conceito de território adotado pela Reforma Psiquiátrica, suas particularidades e possíveis interlocuções com outras concepções teóricas, como a de Gilles Deleuze e Félix Guattari. A partir da experiência no CAPS, pretende-se cartografar a relação produzida entre os usuários, o serviço e o território da cidade em dispositivos que, através da construção de outras redes de referências, produzam novas relações entre as pessoas e os espaços, tanto urbano, como dos serviços substitutivos ao manicômio. São descritas duas experiências de Acompanhamento Terapêutico em que a interlocução com o território e a construção de uma rede de referências na cidade está atrelada à criação de territórios existenciais para além da lógica asilar, configurando-se como uma estratégia privilegiada para a desinstitucionalização.

Palavras-chave

Acompanhamento terapêutico; Cartografia; Reforma psiquiátrica; Rede

Abstract

This article intends to discuss the therapeutical accompaniment practice considering its territorial dimensions within the work done at a Centre for Psycho-social Attention. The territory will be analyzed taking into account the concept used by the Psychiatric Reformation, along with its particularities and possible interactions with other theoretical concepts, such as the one enlighten by Gilles Deleuze and Félix Guattari. We intend to map the encounters produced upon the relations between the users, the services and the city's territory, bringing up devices that can contribute with different references, in a sense that new relations can be enabled. Two experiences are described, to illustrate that the interaction between the territory and the construction of a different network references in the city, is connected with the creation of existential territories beyond the logic applied at mental hospitals, establishing a privileged strategy for un-institutionalization.

Keywords

Therapeutical accompaniment; Territory; Cartography; Psychiatric reformation; Network

Psicol. soc. (Online) ; 25(spe2): 31-40, 2013.

Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/psoc/v25nspe2/v25nspe2a05.pdf