Por uma tentativa de situar o acompanhamento terapêutico entre a psicanálise e a psiquiatria comunitária

Reflexão crítica segundo a hermenêutica dialética de Jügen Habermas

Carlos Estellita-Lins, Verônica Miranda Oliveira, Maria Fernanda Coutinho e Mariana Bteshe

Por uma tentativa de situar o acompanhamento terapêutico entre a psicanálise e a psiquiatria comunitária

Reflexão crítica segundo a hermenêutica dialética de Jügen Habermas

Carlos Estellita-Lins, Verônica Miranda Oliveira, Maria Fernanda Coutinho e Mariana Bteshe

Publicado em: 28 de maio de 2023

Modificado em: 28/05/2023

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Publicado em: 28 de maio de 2023

Modificado em: 28/05/2023

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Resumo

Este trabalho investiga a relação do acompanhamento terapêutico com a teoria psicanalítica e com a psiquiatria comunitária. A inter articulação de domínios heteróclitos revela um modo de construir a clínica, organizar intervenções e privilegiar a experiência do Inconsciente, peculiar ao mundo latino contemporâneo. Intervenções no campo da psiquiatria comunitária constituem complemento à conduta psicofarmacoterapia e psicoterapia, dependendo indiretamente de fatores ambientais, sociais e familiares. Aspectos do cenário contemporâneo acenam para alianças entre o AT e a psicanálise em extensão, capazes de renovar o panorama institucional ao buscar contato com o cotidiano dos pacientes e seu sofrimento psíquico in loco. Torna-se necessário inventar uma clínica do espaço domiciliar e do cotidiano que se articule com práticas de saúde coletiva. Pode-se afirmar que esta articulação incipiente, porém promissora, convida a práticas de intervenção comunitária ao mobilizar ações de cuidado intensivo comuns ao campo da psiquiatria e da psicanálise, ainda que não-hegemônicas em nenhuma destas disciplinas. O AT organiza-se a partir do cuidar, mas sempre pressupõe alguma tecnologia de cuidados. Concluímos que o AT goza de identidade multifacetada situando-se enquanto prática na interface assitência-saúde pública.

Palavras-chave

Cuidado; Saúde mental; Psiquiatria comunitária; Acompanhamento terapêutico; Psicanálise; Visita domiciliar

Abstract

This paper investigates the relationship between therapeutic accompaniment , psychoanalytic theory and community psychiatry. Different domains reveal a way to build clinical attitude, organize assistance and focus on the experience of the Unconscious. Interventions in the field of community psychiatry are complementary to psychopharmacotherapy conduct, depending indirectly on environmental, social and family factors. Aspects of the contemporary clinical scene acknowledge the partnership between TA and psychoanalysis in length, being able to renew institutional landscape, seeking contact with daily life of patients and their psychological distress on the spot. It is definitely necessary to create, develop and improve home nursing, pertaining to everyday life spaces that are closely linked to practices of public health. It is possible to acknowledge that this incipient, however promising, articulation invites practices of community intervention, mobilizing intensive care actions, common to the field of psychiatry and psychoanalysis, even though non-hegemonic in any of these disciplines. TA is organized from caring but always requires some care technology.We conclude that the TA presents a multifaceted identity, situating its practice in the assistance-public health relationship.

Keywords

Care; Mental health; Therapeutic accompaniment; Community psychiatry; Psychoanalysis; Home visiting

Revista AdVerbum 4 (2) Ago a Dez de 2009: pp. 59-63.

Disponível em: http://www.psicanaliseefilosofia.com.br/adverbum/Vol4_2/04_02_01acompterapeutico.pdf