Espaço e estrutura
o caso urbano
Resumo
O presente artigo trata de introduzir o Acompanhamento Terapêutico como técnica de intervenção clínica apurada no contexto diagnóstico psicanalítico das psicoses. Acompanhar ou conduzir um projeto terapêutico requer conhecimento dos limites e obstáculos da clínica que se faz na rua, isto é, fora do habitual espaço do consultório. Visto que, no campo das psicoses, o sujeito se encontra dentro da linguagem e fora do discurso, discutimos o que poderia ser a demanda de um tratamento possível. No Acompanhamento Terapêutico, busca-se que o sujeito inscreva algo no simbólico. Porém, a transferência na psicose, diferente da neurose, aponta para um real impossível. O acompanhante serve então de secretário e testemunha de uma certa catástrofe subjetiva que aparece sob a forma de delírios, alucinações e histórias duras. Finalmente, na psicose, há um laço com o Outro, ainda que não social. O acompanhante terapêutico vem a ser a inscrição social nesse laço entre o sujeito e o Outro.
Palavras-chave
Acompanhamento Terapêutico; Psicose; Laço social; Transferência; Espaço
Mental – Ano 2 – n. 2 – Barbacena – jun. 2004
Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/pdf/mental/v2n2/v2n2a05.pdf